terça-feira, 15 de setembro de 2009
Estágio X estagiário X estagiar
Sim, as negativas também são fundamentais pois, dão ao futuro profissional uma amostra do que este poderá encontrar no mercado de trabalho. Ainda em relação a estas se podem elucidar como experiências negativas duas categorias bem distintas.
Primeiramente citam-se as experiências vivenciadas, independente de área, que agregam situações como abuso de poder, trabalho braçal e pouco aprendizado com desvio para realização de atividades desconexas ao curso de formação, além de desrespeito e discriminação para com o estagiário. Muitas vezes, se observa que uma empresa contrata um estagiário apenas para preencher uma lacuna no quadro de pessoal e o estagiário sente-se desmotivado pois, sabe que sua mão-de-obra é mal explorada e ao final do estágio seu aprendizado será nulo.
Em contraponto, nesta categoria também se verificam atitudes de descomprometimento do futuro profissional que busca no estágio apenas o retorno financeiro para manutenção de suas despesas. O estágio passa a ser um “ganha pão”, visto que o estagiário necessita manter-se financeiramente, mas ainda não possui formação e nem dispõe do tempo necessário para candidatar-se a uma contratação formal. Estas experiências negativas são as mais comuns e mais ocorrentes no mercado de trabalho e que, geralmente, fazem com que o estágio seja visto de forma pejorativa tanto por estudantes, como por empresas.
Mas, há outra categoria de experiência negativa de estágio e esta todo estudante, profissional e empresa deveriam passar para aprender (ou reaprender) através de seus erros.
Destes, os mais observados são:
a) quanto ao profissional supervisor: que delega atividades, mas não acompanha o desenvolvimento destas, assim como não compartilha experiências com seu futuro colega;
b) quanto ao estudante: que isenta-se de sua responsabilidade enquanto aprendiz e não se empenha no desenvolvimento de sua potencialidade e competências;
c) quanto à empresa: que por ter a visão do estágio como uma contratação temporária não investe neste futuro profissional, oportunizando-lhe as mesmas opções de cursos de aperfeiçoamento e capacitações que oferece ao restante dos empregados.
Se tudo ocorre dentro do cronograma e planejamento de atividades, se o estudante demonstra pró-atividade e desenvolve habilidades e competências, se o profissional supervisor orienta e acompanha seu estagiário dando-lhe feedback e o incentiva a criar e desenvolver novos projetos e, finalmente, se a empresa aposta neste futuro profissional investindo-lhe oportunidades e capacitações, se pode afirmar que o estágio cumpriu sua premissa básica de oportunizar o elo de ligação entre a teoria da sala de aula e a prática do mercado de trabalho.
Contudo, a grande ocorrência observada diz respeito a alguma experiência ou fato negativo durante a realização do estágio. Estas freqüentes ocorrências fazem refletir de que modo o estágio realmente tem validade na formação profissional.
Em algumas áreas que possuem carência de candidatos estagiários, como a Biblioteconomia, os processos seletivos muitas vezes tornam-se nada seletivos e a escolha é feita para o candidato mais “aceitável”, visto que dos poucos interessados, nenhum é qualificado com o perfil desejado. Neste ponto, a seleção não cumpre sua missão e o candidato selecionado o foi por uma questão de exclusão e não por suas competências.
Outro ponto a destacar diz respeito às competências e habilidades que deverão constar no perfil. Ora, se o estágio é o momento de aprendizado, então o candidato (até então inexperiente) não precisa, necessariamente, possuir um perfil pré-definido? Esta questão gera uma série de questionamentos e pensamentos equivocados por parte dos estudantes. Existem características de personalidade, habilidades e algumas competências que devem constar no perfil a ser buscado pela empresa. Por exemplo, para atuar em uma escola é vital que o indivíduo goste de crianças e adolescentes, já para atuar em um banco de dados é primordial possuir conhecimentos de informática. Assim, ao planejar a contratação de um estagiário o contratante deverá primeiramente traçar um perfil bem definido para que o processo de seleção seja válido e o estagiário escolhido preencha o máximo de requisitos esperados.
Espero que este texto possa trazer reflexões positivas a respeito do estágio, assim como cada leitor (que seja um dos agentes citados ao longo deste) possa avaliar e rever seu papel, contribuindo para a formação de profissionais cada vez mais qualificados.
sábado, 5 de setembro de 2009
Visões da biblioteconomia em âmbito regional
Quanto à remuneração, no estado do Pará, considerei o salário baixo se comparado às outras regiões. Cada estado possui o seu CRB (Conselho Regional de Biblioteconomia) que atende tanto em questões salariais, quanto na parte de fiscalização e registros dos profissionais. É uma visão interessante para quem tem vontade de fazer a Faculdade de Biblioteconomia.
Por fim, o último vídeo traz de maneira moderna e emocional aquilo que todo Bibliotecário (profissionais formados em Biblioteconomia) façam de maneira engajada aquilo que tratam com amor e paixão: a informação. E, conforme, o juramento que fiz ao me formar, sempre farei o impossível para auxiliar e recuperar de maneira eficaz a informação atuando nas mais diversas áreas de conhecimento.
Um manifesto do Bibliotecário
terça-feira, 1 de setembro de 2009
O bibliotecário como agente cultural
De fato, o bibliotecário trabalha muito com o computador, pois ele precisa catalogar e classificar todos os materiais que chegam na biblioteca, para que este possa ser utilizado e a informação, consequentemente, disseminada. O constante contato com editoras e livrarias é de extrema importância para identificar os lançamentos (em primeira mão) para que possa fazer parte do acervo. Porém, quando o assunto é a promoção de eventos tudo deve ser muito bem pensado e elaborado. Digo isso, pois estou organizando a feira do livro (de um dos colégios em que trabalho) já há quatro meses.
Tudo foi muito bem pensado e estruturado. Palestras, oficinas, bate-bola literário com autores está na programação como uma forma de incentivar a leitura e promover ainda mais o setor biblioteca (já que muitas pessoas esquecem). Peças de teatro também foram inseridas no contexto, afinal, quando estamos falando de cultura, estamos lendo uma informação tanto de modo falado, quanto visto e tocado.
A leitura não é somente aquilo que está escrito num livro. A leitura está em todo e qualquer espaço onde haja comunicação. E a peça de teatro é uma leitura que pode ser elaborada para o tablado, pode ser baseado em um best seller, etc. O papel do bibliotecário, neste aspecto, não somente é promover a leitura, mas sim, promover e aproximar o público em geral de diversas percepções da leitura e da escrita através dos diferentes meios culturais/informacionais.
Quando se fala em biblioteca/bibliotecário/leitura/cultura estamos falando também de vidas, pessoas, estímulo, enfim, de relacionamento humano. Para ser um bibliotecário ou um agente cultural, devemos ir além daquilo que somos. Devemos ser carismáticos, sociáveis, devemos estabelecer elos para que aquele leitor ou usuário em potencial se torne um leitor/usuário real. É importante cativar e não tratar o meu leitor como um cliente. Devemos sim, ser profissionais, mas é imprescindível que a afetividade seja o canal para que aquele possível usuário volte.
Por isso que a necessidade de atender bem, indicando, pesquisando os assuntos para que o leitor consiga a resposta o mais rápido possível, faz de nós bibliotecários não somente um entregador de livros e sim, um agente que promove a cultura em qualquer dispositivo ou meio material mas, antes de tudo, informacional.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Literatura infantil e juvenil e a formação de leitores
A problemática acerca de algumas obras também foram abordadas, tais como, a censura constante de algumas escolas, dos pais,... diante de assuntos, de certa forma, polêmicos (sexualidade, principalmente). Como trabalho em biblioteca escolar, posso dizer claramente que isto acontece com muita frequência. Acho que censurar esse tipo de assunto não é o ideal, lembrando que a biblioteca sempre deve ser imparcial. A informação está lá para todos. A solução tomada nessas situações é um acervo separado pela temática.
Mas quando falamos em biblioteca escolar não estamos citando livros, alunos e professores. O assunto é infinitamente mais sério, por se tratar de formação de coleção adequada e de leitores interessados em buscar algo que almeja. Infelizmente, muitas instituições deixam seus alunos de castigo na biblioteca, trazendo para o aluno aquela sensação de repulsa a livros e leitura. Por que não levá-los à psicologa para que ela desvende o problema do aluno? Como, então, podemos resgatar a importância da biblioteca? Além dos projetos, o que mais poderia ser interessante para que o aluno venha à biblioteca não somente para retirar um livro na hora da aula de português? Será que as leitura obrigatórias são uma forma de incentivo para a leitura?
Na verdade, o incentivo tem que vir de casa. Se os pais têm o costume de ler, consequentemente, os filhos terão. Então, vamos incentivar e criar hábitos da leitura. Vamos em busca de um Brasil Literário!!
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
O primeiro post
Há tempos venho amadurecendo a ideia de criar um blog, o qual pudesse relatar fatos vivenciados através das diversas experiências que tive desde quando era uma simples estagiária até chegar na profissional de hoje. É uma maneira diferente de mostrar como é atuar em uma biblioteca, seja ela escolar, jurídica, universitária, etc, a partir das práticas e das furadas em que muitas vezes nos metemos.
Muitas pessoas desconhecem as habilidades do bibliotecário, achando que profissionais de outras áreas possam ocupar o espaço dele, sem saber que, na verdade, a faculdade de Biblioteconomia existe. Isto é de extrema gravidade, até porque existe uma legislação que regulamenta a nossa profissão. Procuro mostrar para outras pessoas que pensam em atuar numa biblioteca, que o trabalho é muiiiiito além de guardar e emprestar livros. Para ser bibliotecário requer paixão por livros e outros meios informacionais, sem dúvida, mas... isso somente não basta. É imprescindível que a técnica e a gestão do ambiente estejam aliados (a partir do estudo que se tem na faculdade) com as paixões ditas anteriormente.
Espero que com o passar das leituras dos posts, vocês conheçam um pouco mais sobre mim e também, dos futuros colaboradores que penso em colocar no meu blog, mostrando suas vivencias não só no Rio Grande do Sul, onde moro atualmente, mas no Rio de Janeiro, no nordeste,... em qualquer lugar desse Brasil.
Somente para finalizar, sou carioca, formada pela UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) e especialista em Leitura e Produção Textual pela UCS (Universidade de Caxias do Sul).