terça-feira, 1 de setembro de 2009
O bibliotecário como agente cultural
De fato, o bibliotecário trabalha muito com o computador, pois ele precisa catalogar e classificar todos os materiais que chegam na biblioteca, para que este possa ser utilizado e a informação, consequentemente, disseminada. O constante contato com editoras e livrarias é de extrema importância para identificar os lançamentos (em primeira mão) para que possa fazer parte do acervo. Porém, quando o assunto é a promoção de eventos tudo deve ser muito bem pensado e elaborado. Digo isso, pois estou organizando a feira do livro (de um dos colégios em que trabalho) já há quatro meses.
Tudo foi muito bem pensado e estruturado. Palestras, oficinas, bate-bola literário com autores está na programação como uma forma de incentivar a leitura e promover ainda mais o setor biblioteca (já que muitas pessoas esquecem). Peças de teatro também foram inseridas no contexto, afinal, quando estamos falando de cultura, estamos lendo uma informação tanto de modo falado, quanto visto e tocado.
A leitura não é somente aquilo que está escrito num livro. A leitura está em todo e qualquer espaço onde haja comunicação. E a peça de teatro é uma leitura que pode ser elaborada para o tablado, pode ser baseado em um best seller, etc. O papel do bibliotecário, neste aspecto, não somente é promover a leitura, mas sim, promover e aproximar o público em geral de diversas percepções da leitura e da escrita através dos diferentes meios culturais/informacionais.
Quando se fala em biblioteca/bibliotecário/leitura/cultura estamos falando também de vidas, pessoas, estímulo, enfim, de relacionamento humano. Para ser um bibliotecário ou um agente cultural, devemos ir além daquilo que somos. Devemos ser carismáticos, sociáveis, devemos estabelecer elos para que aquele leitor ou usuário em potencial se torne um leitor/usuário real. É importante cativar e não tratar o meu leitor como um cliente. Devemos sim, ser profissionais, mas é imprescindível que a afetividade seja o canal para que aquele possível usuário volte.
Por isso que a necessidade de atender bem, indicando, pesquisando os assuntos para que o leitor consiga a resposta o mais rápido possível, faz de nós bibliotecários não somente um entregador de livros e sim, um agente que promove a cultura em qualquer dispositivo ou meio material mas, antes de tudo, informacional.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
O primeiro post
Há tempos venho amadurecendo a ideia de criar um blog, o qual pudesse relatar fatos vivenciados através das diversas experiências que tive desde quando era uma simples estagiária até chegar na profissional de hoje. É uma maneira diferente de mostrar como é atuar em uma biblioteca, seja ela escolar, jurídica, universitária, etc, a partir das práticas e das furadas em que muitas vezes nos metemos.
Muitas pessoas desconhecem as habilidades do bibliotecário, achando que profissionais de outras áreas possam ocupar o espaço dele, sem saber que, na verdade, a faculdade de Biblioteconomia existe. Isto é de extrema gravidade, até porque existe uma legislação que regulamenta a nossa profissão. Procuro mostrar para outras pessoas que pensam em atuar numa biblioteca, que o trabalho é muiiiiito além de guardar e emprestar livros. Para ser bibliotecário requer paixão por livros e outros meios informacionais, sem dúvida, mas... isso somente não basta. É imprescindível que a técnica e a gestão do ambiente estejam aliados (a partir do estudo que se tem na faculdade) com as paixões ditas anteriormente.
Espero que com o passar das leituras dos posts, vocês conheçam um pouco mais sobre mim e também, dos futuros colaboradores que penso em colocar no meu blog, mostrando suas vivencias não só no Rio Grande do Sul, onde moro atualmente, mas no Rio de Janeiro, no nordeste,... em qualquer lugar desse Brasil.
Somente para finalizar, sou carioca, formada pela UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) e especialista em Leitura e Produção Textual pela UCS (Universidade de Caxias do Sul).